Agnaldo Rayol is not your average singer. He's got a place in Brazilian music all his own. He was born on 3 May 1938, in Niteroi-RJ and won a talent-contest at a local radio station when he was still a boy of 9. At 10 he appeared in a major movie.
Agnaldo made a smooth passage from teenage to adulthood. No one even noticed Agnaldo had grown up. Agnaldo had a powerful tenor voice that would have people spellbound.
On top of that Agnaldo was extremely good looking. He recorded for Copacabana Discos most of his career starting up in 1958 with the right foot - an album filled with first-class songs.
Then, Rayol gradually went astray recording boleros, guaranias, sambas-canções and covers of Mexican hits of doubtful quality. That could have spelt the end of his career but it didn't. When everything pointed to his dwindling away Agnaldo signed with TV Record - in late 1967 - to command a variety show on Friday nights that soon would top the ratings.
He was on top of the world with a show at TV Record, a station that catered to all music tastes: 'O Fino da Bossa' with Elis Regina for Bossa Nova fans; 'Jovem Guarda' with Roberto Carlos for teen-age rock fans; 'Bossaudade' with Elizeth Cardoso for the 'old guard', those people who were 40 or older and...
On Friday nights there was Agnaldo's 'Côrte Rayol Show' - which he shared with comedian Renato Côrte Real - and catered for those people who didn't fit in any of the previous tribes; the in-between-people who enjoyed 'easy-listening' tunes and a bit of light comedy.
Even though Rayol's programme was panned by critics it became the most popular at the Nation's top TV station.
CÔRTE RAYOL SHOW - 1967Copacabana Discos - CLP 11489
1. 'Ma vie' (Alain Barrière) starts the album;
Renato Côrte Real speaks to the audience
2. 'Non pensare a me' (E.Sclorilli-A.Testa) it won Festival di San Remo 1967.
3. 'Chorando de saudades' (Donaldson Gonçalves-Renato Corrêa) Reynaldo Rayol
4. 'Chão de estrêlas' (Sylvio Caldas-Orestes Barbosa)
5. 'Five hundred miles' (Hedy West) Agnaldo Rayol & Renato Côrte Real
6. 'Noir c'est noir' (Black is black) (Michelle Grainger-Tony Hayes-Steve Wadey; adaptation française Georges Poubennec) Agnaldo Rayol & The Jordans
7. 'Meu coração é seu' (With a song in my hear) (L.Hart-R. Rodgers)
1 Pot-pourri:
'Ternura' (Somehow it got to be tomorrow today) (B.Levitt-K.Warren; v.: Rossini Pinto)
'Se non avessi più te' (Zambrini-Enriquez-Migliacci)
'Dá-me' (Adylson Godoy)
'A tua voz' (Plus je t’entends) (A.Barrière; v.: Agnaldo Rayol)
2. Diálogo humorístico - Ronald Golias (stand up comedy)
3. 'A voz do violão' (Horácio Campos-Francisco Alves)
4. 'O dia que me queiras' (El dia que me quieras) (Carlos Gardel-Alfredo Le Pera) Agnaldo Rayol & Hebe Camargo
5. 'Somewhere' (from 'West Side Story) (Leonard Bernstein-Steve Sondheim)
6. Agradecimento e encerramento com Agnaldo Rayol - he thanks the audience
7. 'O princípio e o fim' (Ma vie) (A.Barrière; v.: Nazareno de Brito)
Reviewing this album is such a delight because it's as if one had taken a time-machine flight and alighted in the midst of the year 1967. 1966 had been a good year for French pop in Brazil. Alain Barrière went to #1 with 'Ma vie' which Agnaldo covered as 'O principio e o fim' (The beginning and the end) that went high in the charts too. Agnaldo also recorded Barrière 'Plus je t'entends' translated as 'A tua voz' plus 'Noir c'est noir' sung by him in French, based on the Johnny Hallyday's version of Los Bravos' 'Black is black' (accompanied here by rock band The Jordans).
Agnaldo won a talent contest singing in Italian when he was 10 years. Here he belts out 'Non pensare a me' which had won San Remo Festival ealier in 1967, sung by old timer Claudio Villa. Singer-song-writer Luigi Tenco protested against the Festival's corrupt establishment shooting himself in the hed in his hotel room. Agnaldo wasn't a well informed man otherwise he'd have chosen some other tune like Don Backy 'L'immensità' or Umberto Bindi's 'La musica è finita' which were much better songs. 'Non pensare a me' is corny and due to this tragic circumstance should have been avoided at all costs.
Come to think of political and intelectual alienation, Agnaldo didn't think twice when he recorded a whole album dedicated to Marshall Costa e Silva the military President imposed by the Dictatorship that ruled Brazil since April 1964.
Agnaldo covers Gianni Morandi's 'Se non avessi più te' within a medley with 'Ternura' and Adylson Godoys' 'Da-me' ending with a cover of Alain Barrière's 'Plus je t'entends'. What a mixed salad. By the way, Adylson is one of the show's music-director. His brother Amilton Godoy is Zimbo Trio's pianist.
Check his rendition of 'West Side Story's classic 'Somewhere' and 'Five hundred miles' which he sings with Renato Côrte Real his partner-in-crime. Talking about partners, Agnaldo sings Carlos Gardel's classic 'O dia que me queiras' (El dia que me quieras) in a dueto with his long-time friend Hebe Carmargo. Actually, it was Rayol singing with Hebe in her talk-show in April 1965, that gave TV Record's producers the idea of signing him for a show of his own.
Agnaldo never forgot the 'Old Guard', those singers who were at the top in the 1930s and 1940s so he sings Sylvio Caldas' 'Chão de estrêlas' and Francisco Alves' 'A voz do violão'.
Finally, Agnaldo also pays tribute to 'Jovem Guarda' (Young Guard) with 'Ternura' (Somehow it got to be tomorrow today) Wanderléa's greatest hit. We have left out 'Meu coração é seu' (With a song in my heart), a 1929 Broadway show-tune by Rodgers & Hart. Agnaldo must have known this song from the 1952 movie 'With a song in my heart' with Susan Hayward. There you are, an album that tells the story of the singer's life.
CÔRTE-RAYOL SHOW
Em 1965, depois de ter tido sucesso com 'O Fino da Bossa' e 'Jovem Guarda', a TV Record decidiu criar um outro programa, a princípio para ser apresentado por Agnaldo Rayol, Ângela Maria e um humorista. Gravado pela 1a. vez em 9 Novembro 1965, acabou sendo comandado por Agnaldo Rayol e o comediante Renato Côrte Real, que assim abandonava a série 'Papai sabe nada'. No formato do musical-humorístico, Agnaldo e Renato fingiam ser rivais, desafiando-se frequentemente em diálogos e situações semelhantes às vividas por Dean Martin e Jerry Lewis no cinema dos anos 40 e 50, um servindo de escada para o outro. (trecho do livro 'A era dos festivais' de Zuza Homem de Mello).
O programa 'Côrte-Rayol Show' é bem o representante da nova fase da TV brasileira, iniciada há 2 anos, e que daria à TV Record, Canal 7, a liderança nacional. A amplitude total, a vasta dimensão desta nova fase, evidentemente não poderia ser representadas num único disco de um único programa. Para que tivèssemos uma mostragem razoàvel de 2 anos a esta parte, seria preciso que focalizàssemos outros programas, como 'Show em Si...monal', 'Jovem Guarda', 'Ronnie Von', o desaparecido mas lembrado, 'P'ra ver a banda passar' e o atualíssimo 'Esta noite se improvisa' (começado em Abril 1967). Estes programas, indiscutìvelmente representam o vigôr da televisão brasileira em termos musicais. Mas se discos não poderão ser feitos retratando este período que vivemos, tenho certeza que ainda se escreverá uma história da televisão brasileira, e aí então, ficará contado quem deu asas aos musicais brasileiros.
Sobre este disco pouco ha a dizer, porque já se disse quase tudo sobre Agnaldo Rayol. Não vamos nos deter sobre Renato Côrte Real, Ronald Golias, Luiz Loy, Caçulinha, Cyro Pereira e outros que aqui aparecem, pois esse disco pertence mesmo a Agnaldo. À voz de Agnaldo Rayol, à sua versatilidade, à sua irradiante simpatia, e à sua quase inocência diante de seu grande prestígio, é dedicado esse disco.
Manoel Carlos (produtor do 'Côrte-Rayol Show' - Junho 1967
Agnaldo was hot property circa 1967. He had a top-notch TV show that probably paid for his Merceds.
Agnaldo was hot property circa 1967. He had a top-notch TV show that probably paid for his Merceds.
Agnaldo Rayol provoca tumulto no centro de São Paulo em Março de 1967
a rua Barão de Itapetininga tornou-se campo de uma batalha vespertina...
E a loucura continua...
E a loucura continua...
Ontem à tarde, o pretexto para a continuação da loucura que parece aos poucos apossar-se da população foi o cantor Agnaldo Rayol. Como faz habitualmente, há 4 anos, foi ele ao seu alfaiate Minelli, na rua Barão de Itapetininga, motivando um corre-corre, com tentativas de depredação de carros e agressão ao cantor e motoristas.
Por mais de 2 horas o trecho daquela rua entre a Dom José de Barros e a Conselheiro Crispiniano ficou totalmente tomado por uma massa humana - velhos, moços e moças - agitada e descontrolada. Um pequeno grupo se acercou de Agnaldo Rayol, como acontece habitualmente, para pedir autógrafos. Mas quando ele entrou no predio de seu alfaiate, o grupo foi se transformando numa multidão, que passou a lhe dirigir insultos.
Saída estratégica
O proprietário das Lojas Minelli, sr. Rafael Minelli, percebeu a gravidade da situação imediatamente - as portas de sua loja começaram a ser forçadas pelos populares - e providenciou a saída de Agnaldo Rayol e Rodolfo Mayer, que também ali se encontrava, para a rua 24 de Maio, através da Galeria Itá. Isso por volta das 17 horas.
Enquanto isso ocorria, a multidão na rua aumentava e o pessoal dos escritórios situados nos prédios da Barão de Itapetininga começavam a jogar sacos de plásticos com água, aumentando ainda mais a confusão e os protestos. Temerosos de que houvesse depredações, praticamente todos os comerciantes daquele trecho cerraram as portas de seus estabelecimentos, enquanto a policia era chamada.
Descontrole total
Nessa altura, enquanto a polícia não chegava - segundo o sr. Rafael Minelli, demorou uma hora e, segundo um investigador, 20 minutos - a multidão já havia perdido totalmente o controle. Os carros dos motoristas que saiam do bolsão eram suspensos, para evitar que prosseguissem, enquanto seus ocupantes recebiam insultos - gratuitos, porque a maioria nem mesmo sabia o que estava ocorrendo.
Um motorista quase foi agredido fisicamente pelos populares e só não se consumou um caso de linchamento porque um investigador de polícia que ali se encontrava acidentalmente conseguiu proteger o assustado cidadão. E continuavam a cair sacos de plásticos cheios de água de cima dos prédios. Na tentativa de despejar um balde de água na rua, um indivíduo do 4o. andar de um dos prédios deixou cair balde e água em cima de um carro Aero Willys ali estacionado, que ficou com o 'capô' todo amassado.
Enfim, a polícia
Quando começaram a chegar as viaturas de Radio-Patrulha - ao todo chegaram 7, com 21 guardas-civis - a histeria coletiva tinha chegado ao auge: os populares já subiam em cima dos carros.
Andando com suas viaturas em zigue-zague pela rua, os policiais conseguiram diminuir a massa humana, que se dispersou em parte, com medo de ser atropelada. Quando desceram dos carros, os guardas usaram cassetetes, conseguindo então serenar totalmente os ânimos. Mas até as 18:40 na rua Barão de Itapetininga havia pessoas paradas em numero maior que o comum. relato do jornal 'O Estado de S.Paulo' de quinta-feira, 2 Março 1967.
1963 - 1964
Janeiro 1964 - After a periodo lying low Agnaldo was back in the late 1963 and early 1964, with 'Acorrentados' a Mexican bolero called 'Encadenados', which went up to the top of the charts. He would chart again later in 1964, with 'Deixe p'ra mim a culpa' (Echame a mi la culpa) another Mexican bolero.
'Melodias', March 1964 - Agnaldo reached #1 in the charts with 'Acorrentados' (Encadenados), a bolero. At the same time his best friends were rock'n'rollers like Tony & Celly Campello. He was a friendly fellow who made friends with almost everyone in show business; up on the right are Agostinho dos Santos, Hebe Camargo, Agnaldo & Francisco Egydio. Further tight: Agnaldo & Italian men-about-town Gaetano Ghirardi.
Agnaldo in the cover of 'Eu Canto' circa 1961 - his 2nd phase in show business.
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